ABSTRACT
No Brasil, as medidas de isolamento social para o enfrentamento à propagação do COVID-19 demandaram a paralisação das atividades presenciais das escolas médicas. Com a pequena quantidade de estudos que tratam das práticas pedagógicas utilizadas nesse período, este artigo busca analisar por meio de uma revisão da literatura as experiências de Instituições de Ensino Superior brasileiras durante a pandemia de COVID-19, entendendo seu impacto na formação de novos médicos. Os dados foram coletados nos bancos de dados PUBMED e Biblioteca Virtual em Saúde, com a inclusão de 20 trabalhos publicados de abril de 2020 a dezembro de 2022. A partir do conteúdo dos textos selecionados, criouse quatro categorias a serem consideradas. Após análise, conclui-se que o ensino remoto trouxe diversas consequências negativas para o processo de ensino-aprendizagem na formação médica. Foram evidenciados aspectos como a ampliação das dificuldades de acesso à educação encontrada por estudantes de baixa renda, além do deterioramento da saúde mental de docentes e discentes. Quanto às novas estratégias pedagógicas, percebeu-se uso de ferramentas digitais e metodologias ativas com caráter emergencial e temporário, consideradas satisfatórias, em sua maioria, mas repletas de insuficiências quanto à qualidade de ensino.